quinta-feira, 10 de janeiro de 2008

Divagações Metafísicas

Uma das questões que me aborreceu aquando da criação do blog, durante infindo tempo (à volta de 30 minutos e 29 segundos, com uma margem de erro de 2,377% - aproximada às milésimas) foi o nome que havia de dar a isto.

Uma das minhas ideias foi o título deste post: "Divagações Metafísicas". Com algumas razões perfeitamente (i)lógicas:

Divagação - s.f., acto de divagar; digressão; devaneio; episódios.

Metafísica - do Gr. tà metà tà physiká, depois dos tratados da Física
s. f., conhecimento das causas primeiras e dos primeiros princípios; parte da Filosofia que estuda a essência das coisas; conhecimento geral e abstracto; transcendência; abstracção; carácter do que é abstracto; subtileza no discorrer.

Ora, o que é um blog senão uma divagação? O seu autor faz digressões por todos os assuntos que lhe dêem na real gana. Muitas vezes (especialmente quando está chateado porque o exame correu mal ou, ainda mais frequentemente, porque a namorada lhe pôs os tarecos à porta do quarto - devido à TPM, como é óbvio) devaneia entre a realidade atroz, quase sufocante e este mundo cibernáutico de que ele é rei e senhor, preferindo este último (exceptuando quando o computador entra em processo de auto-destruição, o vulgaríssimo crash). E os posts são os episódios de uma novela da vida real (mas não confundam com o Big Brother). Ou então, para os espíritos mais românticos, as didascálias e os apartes que vão passando pelo palco da vida.

Quanto à parte metafísica... Bem, quanto à parte da metafísica, só posso dizer que um blog acaba por ser uma janela para o nosso apartamento global. Melhor: um blog pode e deve ser, na minha opinião, uma espécie de olhos (ou de dedos) da alma, um caminho aberto para a essência das coisas (referentes ao autor, bem entendido). E, continuando a ideia do parágrafo anterior, uma espécie de abstracção do que este não quer e não deseja. E a expressão grega "tà metà tà physiká" é absolutamente fenomenal e fofinha, especialmente devido à localização muito especial e um tanto característica da particula "".

Mas depois, num momento de lucidez absoluta, optei por "Notas Complementares ao Mundo". Não é que seja melhor, mas soa melhor ao ouvido. Parece o título de um livro escrito por um autor famosíssimo. E neste mundo que teima em querer acelerar a velocidade de centrifugação, sempre é melhor um autor conceituado do que andar a procurar conhecer as causas primeiras...

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