sexta-feira, 11 de setembro de 2009

11/9

"Nine-eleven, he felt, changed everything for his generation. «It completely destroyed our sense of invincibility—maybe that’s not the right word. I would say it made everything real to a 12-year-old. It showed the world could be a dangerous place when for my generation that was never the case. My generation had no Soviet Union, no war against fascism, we never had any threats. I was born when the Berlin Wall came down. It destroyed the sense of carefree innocence that we had.»"

(Fonte: Wall Street Journal)


Estou de volta...

quarta-feira, 20 de maio de 2009

Sem horários

Já falei aqui disto, mas volto a repetir: é impressionante como o tempo tem a capacidade de passar depressa quando não queremos: o início dos semestres parece uma eternidade, em que as aulas se arrastam umas atrás das outras num ritmo de ladainha e chegamos às últimas semanas com a certeza de que o pânico do semestre passado e do anterior a esse e por aí adiante se vai repetir: trabalhos, exames laboratoriais, fotocópias e exames de anos anteriores, de modo a decorar as verdadeiras e falsas.

É uma sensação terrível: fazer sempre tantos planos - fazer desporto, ir ao teatro, sair mais vezes à noite - e depois não ter tempo para nada. Há quem diga que tem tempo para isto tudo, e eu, invejosamente (confesso), fico a pensar como é que fazem o essencial - preparar as aulas da faculdade, tratar dos assuntos domésticos, estar com a família...

O problema é que nestas alturas é que me dá para escrever estes discursos desencantados, o que me faz perder ainda mais tempo e me lança numa ansiedade ainda maior. Às vezes penso que a vida é mesmo uma série (ou uma novela, se preferirem), e que me apetece ter aqueles ataques de raiva dos protagonistas ou descarregar as frustrações como fazem os vilões...

E daqui a dois meses, quando tudo tiver passado, vou olhar para trás e levantar os olhos para o céu para agradecer o facto de estar de férias, apesar de todo o esforço me ter permitido apenas fazer o mínimo dos mínimos, o que também já é habitual na minha pessoa.

E o ciclo vai recomeçar: vou dizer que depois das férias (que estranhamente são sempre muito bem aproveitadas, entre dormir, comer, ler, ver televisão, estar no computador, bronzear-se e sair à noite), vou organizar de vez a vida. E para descansar os meus pais, digo que daqui a três anos vou estar a trabalhar e que nessa altura serei uma daquelas pessoas que se arrastam na multidão, bem-comportadinhas, como os pais nos recomendam, cumprindo escrupulosamente os horários de trabalho!

quarta-feira, 22 de abril de 2009

sábado, 18 de abril de 2009

Esta noite...

... estou vivo.
Depois de tantos dias em que o tempo desafiou as mais elementares leis da física e se comprimiu num espaço ínfimo, voltei.
Apesar de ter passado uma vida, de tantos rascunhos não terem passado a definitivos e de tantos definitivos se terem tornado meras recordações, vivo estou esta noite.
Viro-me para as coisas pequenas; cada vez mais as grandes coisas e coisas grandes me assustam na sua fuga deliberada ao equilíbrio do belo!
Hoje, pequenos são os meus pensamentos, pequenas notas de rodapé de um pensamento que teima em vaguear para longe dos seus domínios. Não descansam, em vigília permanente por um alguém que já passou.
Apesar de morrer um pouco de cada vez, estou esta noite vivo!

terça-feira, 24 de fevereiro de 2009

Um-post-sobre-a-quadra-festiva

Ora, como não poderia deixar de ser, cá está um post sobre uma das épocas que mais me irrita no ano: o Carnaval (ou Entrudo, para os menos novos). Mas qual a razão para tanto prurido?
Na verdade, acho que estes dias são uma silly season no Inverno. Paradoxo? Nem por sombras.
  • Como se explica que tantos seres humanos particularmente dotados de tecido adiposo se dispam de modo pouco razoável?
  • Como se explica que se censurem críticas ao Magalhães, esse farol da tecnologia rasca e que dá tanto trabalho às crianças do terceiro mundo?
  • Como se explica que pessoas adultas no BI cantem em coro (e desafinadas, como convém) aquelas cançonetas às quais só achamos piada na pré-primária quando temos um pacote de confetti ou serpentinas na mão para fazer asneiras?
  • Como se explica que muitos políticos se mascarem de palhaços (ah, tinha-me esquecido de que isso é durante todo o ano)?

Enfim, Portugal é um carnaval constante. Não precisávamos destes dias para sermos lembrados da nossa triste sina (ai, destino!) durante o resto do ano.

terça-feira, 13 de janeiro de 2009

Da vontade

Escolhemos a vida que temos, mas não escolhemos a vida que temos.

Todos os dias, o nosso cérebro, através dos centros da vontade que regulam a consciência e o comportamento, dá-nos a possibilidade de "ordenar" um pouco o nosso mundo: permite pegar nos objectos e pô-los no sítio correcto, permite coordenar as pernas e os pés para podermos ir onde queremos e onde precisamos, permite escrever estas palavras que agora tento sistematizar de modo organizado e "belo", permite decidir segundo o nosso livre arbítrio.

Mas o nosso cérebro não consegue decidir se faz chuva ou sol, não consegue evitar que o autocarro parta quando chegamos um segundo atrasados, não consegue prever o futuro, não consegue fazer o tempo voltar para trás.

Enfim, decidi estar aqui e agora, mas não decidi estar aqui e agora. Os planos que faço, os horários que esquematizo, as planificações que mentalmente executo, fogem à minha vontade. Dependo sempre do que me rodeia.


Mas entre decidir e não decidir, que decidir?
Decidir decidir dói, porque implica crescer. Não quero a pena do que poderia ter sido, mas a dificuldade do que é. Não quero ser um desistente deste mundo. Porque o mundo dá muitas voltas, mas muitas são de 360º.



Som de fundo: "Cosy in the rocket", Psapp

quinta-feira, 8 de janeiro de 2009

Há um ano atrás por estes dias...

  • As pessoas protestavam por causa das urgências
  • Discutia-se a nova lei do tabaco
  • Era introduzida uma nova palavra: "obamamania"
  • O petróleo subia
  • Era fundada o grupo Leya
  • Os arguidos da "noite branca" recorriam da prisão preventiva
  • O "Global Notícias" chega ao Porto
  • E eu comecei a escrever aqui...

Espero que daqui a um ano escreva um post com o mesmo título...