sexta-feira, 30 de maio de 2008

Pergunta do dia

Porque é que um estudante de Ciências Farmacêuticas tem de saber Anatomia?

domingo, 25 de maio de 2008

Big Brother is Watching You

War is Peace
Freedom is Slavery
Ignorance is Strength

(1984, George Orwell)

quinta-feira, 22 de maio de 2008

Amanhã é a frequência de Química Orgânica II. Penso que não saberei metade dos mecanismos que devia, ou metade das definições exigidas. Por um momento, não é isso que me importa. Ao (tentar) estudar, apercebi-me de um paralelismo mais importante, entre os átomos e as relações humanas. Ao fim e ao cabo, se nós também somos átomos porque é que o seu comportamento não há-de manifestar-se em nós?

Reparemos na habitual complexidade dos mecanismos químicos. Trocas de electrões. Formação de compostos intermediários. Simultaneamente, uma lógica clara. Uma estética que nos deixa assombrados - é a natureza e a sua perfeição. E a minha vida? Fácil e difícil, tudo ao mesmo tempo e tudo misturado.

Não é fácil mudar de terra. Não é fácil autonomizar-se dos pais. Não é fácil gerir a vida doméstica. E, no meu caso, o ano de caloiro, que implica um espírito de sacrifício superior ao comum. Tudo isto implica fazer opções, abdicar de certas comodidades e ter um rasgo de iniciativa, inspiração, irreverência.
Mas há sempre o outro que dá a mão para a ajudar. É um ano em que as responsabilidades são mínimas: num grupo grande, elas distribuem-se e diluem-se. É um ano em que certas questões não afloram - o espírito não está ainda suficientemente maduro para as colocar, pelo que muitas das atitudes não resultam de uma reflexão, de uma vontade consciente mas do "impulso" ou da "necessidade" do momento.

Compreendo agora as lágrimas que chorei. Apercebi-me que o tempo da inocência acabou. Mais liberdade, mais responsabilidade. E eu tenho medo da responsabilidade, de não estar à altura das circunstâncias. Apercebi-me que deixei de ser um miúdo ou um adolescente, para ser um adulto. E não são os 18 anos no BI que trazem isso. Temos de ser nós a compreender que esse tempo chegou. E para mim, ele chegou.

E por isso dói. A lucidez de compreender que "esta vida são dois dias/ e um é para acordar/ das histórias de encantar". E que eu já acordei. E concluí que nem sempre tenho iniciativa. Que tenho medo de fazer opções. Mas mais importante: que "o outro que dá a mão para ajudar" não tem que sofrer as consequências dos meus actos irreflectidos. Sou eu que as tenho que assumir e, - embora tarde demais, que nisto das reacções químicas ou da vida, há um tempo certo para tudo (e quando não há é porque elas não deverão acontecer) - assumo-as e aceito-as.

E a responsabilidade do momento é estudar Química Orgânica porque "nada é dado, tudo se conquista"...

terça-feira, 13 de maio de 2008

A minha próxima compra em tempos de muito estudo



A cor é linda, não é?


Som de Fundo: Viva la Vida, Coldplay