quinta-feira, 24 de abril de 2008

Sete meses

Hoje não tive aulas de manhã e deu-me para limpar o apartamento. Arrumar livros, folhas, apontamentos, coisas velhas e algumas recordações...

Isto hoje é um tumulto de sentimentos. Sinto-me bem e mal, com este desassossego interior que teima em não me deixar. Nostalgia mistura-se com alegria, saudade com realidade. Entre o passado e o futuro. O presente parece não ser mais do que o interlúdio destes dois tempos. Há coisas que vivi há pouco tempo, mesmo para a escala humana, e que não parecem ser desta vida. O mundo acelera e volta a acelerar. Viver tudo ao máximo - para evitar pensar, reflectir (e arrepender-se?).

Há momentos em que preciso de estar aqui. A cidade grande, a agitação, o barulho.
Há momentos em que quero fugir para o conforto e a tranquilidade da minha terra.
Mas qual é a minha verdadeira casa?

A marota da lágrima quer fugir... Porque é que o cérebro produz as recordações? Para o coração as reconhecer, enviar um sinal ao cérebro e este em seguida manda as glândulas produzir suco lacrimal. O que é uma bela porcaria.


P.S. Faz hoje sete meses que mudei definitivamente para o Porto. É a única razão para o título. "Post sem título" era mais feio.

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