O sono fugiu a sete pés. Tenho por companhia a insónia desta noite que teima em começar a instalar-se.
A perspectiva da injustiça é como um bisturi que corta milimetricamente e deixa à vista as fragilidades que eu desejava que permanecessem ocultas. O espectro do erro pende sob a minha cabeça; sinto-me como um condenado à morte que tenta fugir ao seu destino.
Observo os outros. Cada qual com sua conquista. E eu? Conquistei apenas a minha verdade. Chega? Não, não para mim. Quero mais, ir até ao âmago da existência. Não desejo necessariamente riqueza, prestígio, sucesso. É claro que adoraria chegar aos píncaros da fama. Mas de que me vale isso? No entanto, continuo a observar os outros. E eles são príncipes. Eu, uma simples pessoa.
Os meus radares estão todos em mode on. Vem aí tempestade. Pergunto-me: "Valerá a pena batalhar? Devo esperar pela manhã?"
Pessoa dá a resposta: "Tudo vale a pena, quando a alma não é pequena." Vamos à luta.
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